Não nos pronunciaremos para já, quanto ao acordo obtido pois, é prematuro avançar com considerações sobre o clausulado. No entanto, considerámos à partida que fica aquém do desejável e possível.

Contudo, não podemos deixar de estranhar que a proposta da AES que veio a público para os aumentos salariais, foi inicialmente superior ao agora acordado, ora vejamos:

O SMN para 2025 já se tornou publico que os será no mínimo 860€, o que se traduz numa percentagem de 4,88%, mais 1% teríamos 5,88%. Assim sendo acordou-se um valor inferior ao proposto pela própria AES.

Também é de realçar que se o SMN subir mais 3,22€ ou seja, para os 863,22€ a percentagem de aumento fica nos 5,27%, ou seja, já não há afastamento percentual do SMN.

Queremos acreditar que haverá clausulas de expressão pecuniária que irão compensar esta diferença, mas só após analise mais profunda nos iremos pronunciar.

Devido a esta nova realidade que condiciona seriamente a progressão negocial que decorria com normalidade, os Sindicatos colocaram à AESIRF algumas questões sobre o que tenciona a mesma fazer, pois os sindicatos, com esta nova realidade ficam mais condicionados a progredir nas suas reivindicações.

Da parte da AESIRF surgiram muitas reticências quanto ao futuro, contudo, todo o processo ficou em aberto, sem que a AESIRF assumisse qualquer posição sobre o agora sucedido.

De notar que a negociação segundo a AESIRF tinha como objetivo um aumento extraordinário afim de provocar um afastamento do SMN e criar condições para que acabasse a oscilação entre os salários e o SMN.

Além dos salários, estão em causa um conjunto significativo de propostas para apoiar os Trabalhadores no cumprimento dos seus direitos e um conjunto significativo de novos direitos abrangentes a todas as Categorias profissionais e especialidades.

A reunião terminou sem que exista nenhum posicionamento concreto por parte da AESIRF, visto que necessitam de avaliar este novo cenário.

Foi marcada uma nova reunião para o próximo dia 25 de setembro.

Teremos também nós de reavaliar o nosso posicionamento, visto que existem pontos que não ficaram previstos neste acordo e que tínhamos já alguma segurança nos mesmos.

Queremos deixar uma palavra aos nossos associados, que com confiança irão continuar com a ASSP, pois tudo faremos para defender os seus interesses, não deixando que esta nova realidade os venha a prejudicar no futuro.

Tudo estamos a fazer para conseguirmos um CCT que traga JUSTIÇA RESPEITO E DIGNIDADE ao setor e neste momento tudo ficou mais difícil, mas não vamos desistir, até ao lavar dos cestos é vindima.

A Direção